Cresci envolta entre a cozinha da minha avó e as histórias de toda a família de um lugar onde nunca estive mas que consigo identificar e ver claramente - Angola. Em contrapartida sempre vivi em Portugal, um lugar com uma cultura completamente diferente de casa. Com o passar dos anos, pouco sei ver a diferença entre um e outro. Ambos fazem parte da minha história e identidade.
Ao crescer, o meu cabelo passou a ser uma marca da minha identidade, sempre comprido até à cintura, sempre liso como o da minha mãe, sempre arranjado como o da minha avó. Foi apenas quando fiz 18 anos que cortei o cabelo e deixei de o alisar constantemente. Algo despertou entre os caracóis que se começaram a formar na minha cabeça e todo o processo de aprender a cuidar deles - o encontro de mim. Algo entre as novas técnicas que aprendi e as que já usava. Algo entre o que fui e no que me tornarei. Algo entre as histórias e referências e o quotidiano. Algo entre Angola e Portugal.
Ao crescer, o meu cabelo passou a ser uma marca da minha identidade, sempre comprido até à cintura, sempre liso como o da minha mãe, sempre arranjado como o da minha avó. Foi apenas quando fiz 18 anos que cortei o cabelo e deixei de o alisar constantemente. Algo despertou entre os caracóis que se começaram a formar na minha cabeça e todo o processo de aprender a cuidar deles - o encontro de mim. Algo entre as novas técnicas que aprendi e as que já usava. Algo entre o que fui e no que me tornarei. Algo entre as histórias e referências e o quotidiano. Algo entre Angola e Portugal.
Projeto exposto no Pavilhão 31 (Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa), Lisboa, em maio de 2022, como parte da exposição "X’19-22 FINALISTAS" com curadoria de Sandra Jürguens, José Luis Neto e Suzana Mouzinho.
135 provas com impressão a jato de tinta sobre papel FineArt, 50 x 50cm | Edições de 1 + PA
Série constituinte do projeto IDENTIDADE ( 2021 - )
135 provas com impressão a jato de tinta sobre papel FineArt, 50 x 50cm | Edições de 1 + PA